Justiça mantém preso homem suspeito de matar a própria mãe no AC
05/11/2024
Eduardo da Costa Azevedo, 23 anos, teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva neste domingo (3). Mulher de 47 anos foi morta a facadas. Caso ocorreu no conjunto Esperança, em Rio Branco. Marcia Maria da Costa Azevedo, foi morta no último sábado (3) e filho confessou o crime
Arquivo pessoal
O jovem Eduardo da Costa Azevedo, 23 anos, que confessou ter matado a própria mãe, Marcia Maria da Costa Azevedo, de 47 anos, teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva neste domingo (3). A audiência aconteceu na Vara Estadual do Juiz das Garantias da Comarca de Rio Branco, e foi conduzida pela juíza plantonista, Carolina Álvares Bragança.
📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp
No documento consta que a decisão se dá após interrogatório do homem e testemunhas, que confirmaram a existência do crime e sua autoria. Ainda é citado que foi levado em consideração que o fato é doloso e tem pena máxima superior a quatro anos.
O caso está sendo tipificado como feminicídio, que é o crime definido como o assassinato de uma mulher cometido por razões que envolvem a condição de sexo feminino.
A juíza explica que a prisão preventiva se faz necessária dada a repercussão social do caso e perante a gravidade concreta do que ele fez, pois trata-se de matricídio [quem mata a própria mãe], bem como após o ocorrido que Azevedo agiu como se nada tivesse acontecido, indo trabalhar naturalmente e procurado buscar um álibi para o momento do crime.
Carolina menciona que a conduta do homem indica uma grande necessidade de garantia da colheita de provas, da eficácia da produção dessas provas e o curso correto do andamento processual. O que justificaria a manutenção da prisão.
Para finalizar, a decisão determina que o diretor da Unidade Prisional onde ele irá ficar, observe a necessidade de garantia da segurança de Azevedo, 'observando o clamor social do crime e da gravidade do fato para o próprio homem'.
LEIA MAIS
Mulher é encontrada morta em casa em Rio Branco; filho confessou o crime
Brasil registra 1.463 feminicídios em 2023, alta de 1,6% em relação a 2022
Vítima foi identificada como Marcia Maria da Costa Azevedo, de 47 anos
Divulgação
Entenda o caso
Marcia foi encontrada morta a facadas em uma casa no conjunto Esperança, em Rio Branco, no dia 2 de novembro. De acordo com o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), o filho da vítima, de 23 anos, estava presente no local no momento em que a guarnição chegou.
Em declaração na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), o rapaz, que morava com a mãe no local, confessou o crime e disse que havia sido agredido pela vítima com uma 'panelada' na cabeça.
A polícia isolou a área até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A equipe médica que atendeu a ocorrência atestou o óbito e estimou que a morte tenha ocorrido por volta das 8h.
Após a confirmação da morte, agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e peritos do Instituto Médico Legal (IML) foram acionados para os procedimentos periciais no local do crime. O corpo foi encaminhado ao IML para os exames cadavéricos.
Feminicídio
Este é o quarto crime contra a mulher registrado em uma semana no Acre. No dia 27 de outubro, Paula Gomes foi assassinada a facadas na frente da filha em Rio Branco. O principal suspeito do crime é o ex-marido de Paula, que está sendo procurado pela polícia.
Em Tarauacá, uma jovem de 18 anos foi atingida com 15 facadas pelo ex que não aceitava o fim do relacionamento. O suspeito se entregou à polícia. Ainda esta semana, uma mulher foi espancada e estuprada em Feijó. O suspeito do crime é um adolescente de 13 anos.
Um homem identificado como Francisco Nivaldo Vieira Gomes, de 53 anos, foi preso suspeito de agredir e desferir um golpe de faca na própria mulher, de 52 anos, em Rio Branco. O caso ocorreu no último sábado (2).
Homem é presos suspeito de tentativa de feminicídio no Acre
CANAIS DE AJUDA PARA CASOS DE VIOLÊNCIA
A PM disponibiliza os seguintes números para que a mulher peça ajuda:
(68) 99609-3901
(68) 99611-3224
(68) 99610-4372
(68) 99614-2935
Veja outras formas de denunciar casos de violência contra a mulher:
Polícia Militar - 190: quando a criança está correndo risco imediato;
Samu - 192: para pedidos de socorro urgentes;
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
Qualquer delegacia de polícia;
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;
Ministério Público;
Videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras) (https://atendelibras.mdh.gov.br/acesso)
Vídeos: g1